Desde o tempo da escravidão o
negro tem sido escravo do próprio corpo. A capacidade de adquirirem mais
resistência, o fato de serem mais fortes fisicamente e aguentarem trabalhos
pesados, os diferenciava das pessoas brancas, tornando-os cativos desta
qualidade.
Trazendo esta resistência
para o esporte, enxergamos que o que os torna vencedores é justamente esta
capacidade, pois conseguem romper limites, entretanto é exatamente isso que os
torna escravos do próprio rendimento dentro do esporte, pelo fato de exercerem
capacidades atléticas superiores aos dos brancos.
Desde muito, os burgueses se
interessam apenas na capacidade e dotes físicos que o negro apresentava – se
esta rendia, isto era o que interessava.
Quando esses atletas
chegavam ao ponto de que não atuarem mais como tais, por lesões ou pela idade
avançada, eram banidos, exonerados, vendo suas carreiras encerrarem sem valor
algum.
Muitos negros ainda hoje enfrentam
dificuldades para se manterem no esporte. Dificilmente algum alcança um patamar
digno no fim de sua carreira – ou ficam
na sarjeta da vida ou entram para mundo da criminalidade, drogas etc.
No livro “Escravos de
Quarenta Milhões de Dólares”, William Rhoden, sociólogo inglês, tenta explicar
porque os afrodescendentes são alijados do poder. Nele, Rhoden retrata a
historia de um jogador de basquete que, apesar e seu talento e de grandes
salários, era valorizado apenas por suas qualidades físicas, e não pelo seu
intelecto.
Nesse contexto, vemos o “burguês”
estava explorando apenas a força de trabalho do atleta, que busca produzir mais
em troca de altos salários, mas nunca é visto como pessoa e cidadão.
Os negros precisam agradar
os cartolas brancos que são seus comandantes e por assim ser, acabam esquecendo-se
de sua essência, sua afro-descendência afim de agradá-los.
O fato real é que o negro
não tem seu espaço dentro da sociedade e ainda hoje acaba sendo tratado como escravo:
escravo de suas habilidades físicas e sua força, e uma vez que estas forem
esgotadas, perde-se sua utilidade.
REFERÊNCIA:
MUYLAERT, Roberto. Barbosa: um gol faz cinquenta anos. São
Paulo: RMC Comunicação, 2000.
SÍTIO VISITADO:
vejo que esse preconceito poderias ser menos fluente e dar espaçoigual a todas as raças percebi que os negros estão alijados do poder no esporte e em vista nunca são bem vistos a diretorias e altos cargos no fim são excluidos e são discriminados são escravos do propio corpo.
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