quarta-feira, 18 de abril de 2012

Negros escravos do próprio corpo




Desde o tempo da escravidão o negro tem sido escravo do próprio corpo. A capacidade de adquirirem mais resistência, o fato de serem mais fortes fisicamente e aguentarem trabalhos pesados, os diferenciava das pessoas brancas, tornando-os cativos desta qualidade.
Trazendo esta resistência para o esporte, enxergamos que o que os torna vencedores é justamente esta capacidade, pois conseguem romper limites, entretanto é exatamente isso que os torna escravos do próprio rendimento dentro do esporte, pelo fato de exercerem capacidades atléticas superiores aos dos brancos.
Desde muito, os burgueses se interessam apenas na capacidade e dotes físicos que o negro apresentava – se esta rendia, isto era o que interessava.
Quando esses atletas chegavam ao ponto de que não atuarem mais como tais, por lesões ou pela idade avançada, eram banidos, exonerados, vendo suas carreiras encerrarem sem valor algum.
Muitos negros ainda hoje enfrentam dificuldades para se manterem no esporte. Dificilmente algum alcança um patamar digno no fim de sua  carreira – ou ficam na sarjeta da vida ou entram para mundo da criminalidade, drogas etc.
No livro “Escravos de Quarenta Milhões de Dólares”, William Rhoden, sociólogo inglês, tenta explicar porque os afrodescendentes são alijados do poder. Nele, Rhoden retrata a historia de um jogador de basquete que, apesar e seu talento e de grandes salários, era valorizado apenas por suas qualidades físicas, e não pelo seu intelecto.
Nesse contexto, vemos o “burguês” estava explorando apenas a força de trabalho do atleta, que busca produzir mais em troca de altos salários, mas nunca é visto como pessoa e cidadão.
Os negros precisam agradar os cartolas brancos que são seus comandantes e por assim ser, acabam esquecendo-se de sua essência, sua afro-descendência afim de agradá-los.
O fato real é que o negro não tem seu espaço dentro da sociedade e ainda hoje acaba sendo tratado como escravo: escravo de suas habilidades físicas e sua força, e uma vez que estas forem esgotadas, perde-se sua utilidade.

REFERÊNCIA:
MUYLAERT, Roberto. Barbosa: um gol faz cinquenta anos. São Paulo: RMC Comunicação, 2000.

SÍTIO VISITADO:
http://www.ceme.eefd.ufrj.br/ive/boletim/bive200609/imprensa/fsp/pdf_fsp/Atleta%20negro%20%C3%A9%20escravo.pdf

Um comentário:

  1. vejo que esse preconceito poderias ser menos fluente e dar espaçoigual a todas as raças percebi que os negros estão alijados do poder no esporte e em vista nunca são bem vistos a diretorias e altos cargos no fim são excluidos e são discriminados são escravos do propio corpo.

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